Como surgiu a Hipnose no seu trabalho?
A Hipnoterapia Cognitiva surgiu da
necessidade de trazer algo novo à minha prática, pois sempre busquei inovar e
redesenhar a minha atuação enquanto psicóloga e psicoterapeuta. Para mim a
mudança deve iniciar no profissional para incentivar o paciente a engajar-se na
sua mudança.
Como surgiu e o que é a hipnose?
A hipnose é uma prática antiga, o
próprio Freud utilizou a Hipnose por um tempo, foi usada também na primeira guerra
mundial, onde os soldados eram tratados por meio da hipnose para retornarem
rapidamente ao front. Ao longo do tempo deixando de ser utilizada em função da
descoberta dos analgésicos. Hoje vem ganhando espaço novamente, libertando-se
de alguns mitos como bruxaria ou sobrenatural. Áreas como a medicina, a
odontologia e a psicologia lançam mão de técnicas da hipnose em diversos
procedimentos.
Como é a técnica que você utiliza?
A Hipnoterapia Cognitiva trabalha a
partir de um estado de relaxamento profundo, no qual o paciente está totalmente
consciente e responde normalmente. Trabalha-se através da visualização
(imagética), com o objetivo de trazer à mente consciente as experiências para
que sejam moduladas, ou seja, reformuladas, compreendidas, etc.
Ela é associada à psicoterapia
cognitiva, por tanto, concentrada no aqui e no agora, onde terapeuta e
paciente desenvolvem uma visão compartilhada do problema. Tem uma identificação
personalizada, onde trabalha-se com metas e estratégias.
Quais os principais problemas que podem
ser trabalhados através da hipnoterapia cognitiva?
Os mais diversos problemas, eu diria
que não devem ser trabalhadas pessoas portadoras de alguns transtornos mentais,
como a esquizofrenia por exemplo.
O meu foco de trabalho com pacientes
que desejam perder peso, sobretudo, pacientes que apresentam transtornos
alimentares como anorexia e bulimia, comer compulsivo, pois ela age na mudança
de hábitos, no medo da fome no medo de perder o controle.
Também é bastante utilizada para
pacientes que apresentam algum tipo de fobia, medo de dirigir, medo de voar de
avião, pessoas que desejam parar de fumar, pacientes com dores crônicas, entre
outros.
Patrícia de Barros
Psicóloga CRP 12/02872