As normas para a rotulagem de
embalagens estão cada vez mais rigorosas. Com o aumento dos problemas de saúde
relacionados à intolerância a diversos alimentos, a informação na embalagem
deve ser cada vez mais precisa. Na noite desta terça-feira (19), profissionais
da panificação de Lages puderam acompanhar na Associação dos Sindicatos
Filiados à Fiesc a palestra “Informação Nutricional dos Produtos de Padaria,
conforme RDC 360”, ministrada pela equipe de alimentação do Serviço Social da
Indústria (Sesi) e organizada pelo Sindicato da Indústria de Panificação e
Confeitaria (Sindipan).
Há 24 anos no mercado comercializando
massas especiais caseiras, a adequação e atualização dos produtos passou a
fazer parte da rotina na empresa de Giovani Dondé. A pesquisa dos alimentos
produzidos teve início na Universidade Federal de Santa Catarina, e a
necessidade de atualização das informações e modificações em alguns
ingredientes fizeram com que a empresa contratasse uma nutricionista para fazer
o trabalho. “Nos preocupamos muito com a qualidade dos nossos produtos. O
cliente quer mais informação sobre o produto que será consumido e a tabela
nutricional é fundamental”, explica.
Informações completas são
fundamentais
Entre as obrigatoriedades na
rotulagem dos alimentos estão a indicação da presença de transgênicos, gorduras
trans e glúten, e ainda o lote, lista de ingredientes, prazo de validade,
origem dos alimentos e o conteúdo liquido.
Flaviane Barbosa, nutricionista do
Sesi, explica que o principal problema enfrentado ainda hoje pelos consumidores
é identificar onde estão as informações nutricionais de cada produto. “As
informações mais importantes ainda estão muito escondidas. Fica difícil para o
consumidor entender se aquele produto é ou não saudável, é ou não adequado para
ele”, afirma.
Com a parceria do Sesi, as
panificadoras de Lages e região interessadas em adequar as tabelas nutricionais
das empresas poderão contar com a assessoria e a consultoria da equipe de
alimentação. A diretora do Sesi, Silvia Di Pieri Oliveira, explica que o
propósito é entender as necessidades das indústrias e qualificar os
profissionais. “A equipe irá acompanhar o processo produtivo, fazer a pesagem,
acompanhar quais ingredientes estão sendo utilizados e garantindo, desta forma,
a qualidade do produto que está sendo produzido”.
Para o vice-presidente da Fiesc para
a Serra, Israel Marcon, apoiar os sindicatos e seus associados é fundamental para
o desenvolvimento da indústria e principalmente para a qualificação
profissional. “As soluções para as necessidades enfrentadas pelos associados
estão dentro da nossa Federação e das nossas Casas. Assim, essa participação e
troca de experiências do que acontece dentro de cada indústria é extremamente
importante”, conclui.
Texto e fotos: Catarinas Comunicação