São Joaquim – 22/04/2016 - Ao palestrar
no Seminário Internacional de Vitivinicultura, na noite de quinta-feira (21),
em São Joaquim, o enólogo italiano Angelo Gaja, considerado uma lenda mundial
como produtor de vinhos contou como a família dele conseguiu implantar a
tradicional marca Gaja na Europa, exportar para 58 países e ainda manter outros
130 importadores. Ele ressaltou como revolucionou a produção de vinhos da
Itália, nos últimos 30 anos. Não antes, sem lembrar a história dos 150 anos da
família Gaja, e sobre a movimentação ao longo tempo, construída na pequena
comunidade de Barbaresco, no Piemonte italiano, onde está localizada a vinícola
e os principais vinhedos da família.
A produção foi
iniciada pelos avós; transferida mais tarde para seus pais, e atualmente, na
terceira geração a continuidade com ele, a esposa e os três filhos. Todos
trabalham no negócio. O segredo, segundo conta, é não abusar das videiras, ou
seja, produzir em pouca quantidade, resultando na fabricação de um vinho muito
melhor. O conceito é fazer do vinho um alimento, desde que consumido com
sabedoria. - “Meu pai dizia: quem sabe beber, sabe viver”, completou Gaja. Já o
processamento é feito em três grandes vinícolas, e toda a uva utilizada provém
de vinhedos próprios. O resultado é uma produção que ultrapassa 450 mil
garrafas por ano. Este, o princípio que marca os 150 anos da vinícola de Angelo
Gaja, o mais premiado produtor de vinhos italianos, constantemente definidos
como o Armani ou a Ferrari dos rótulos.
A palestra com
o italiano Angelo Gaja foi um dos pontos altos dos eventos paralelos nestes
primeiros dias da XX Festa Nacional da Maçã, e contou com um público seleto,
mas que lotou a Casa da Cultura. A palestra atendeu o convite de empresários do
setor, de São Joaquim. A missão dele foi também a de conhecer e provar os
vinhos finos de altitude produzidos no município.
Atividade econômica
Ao falar na
abertura do Seminário Internacional de Vitivinicultura, o prefeito Humberto
Brighenti destacou que a produção de vinho passou a ser a segunda atividade
econômica de São Joaquim, ultrapassando, inclusive, a criação de gado, que por
sua vez, possui uma das melhores genéticas do Brasil. Em primeiro lugar está o
cultivo da maçã. O município atinge a marca de 1 milhão e 300 mil garrafas
anuais, graças ao investimento de aproximadamente R$ 600 milhões no setor. “A
partir disso, o vinho consolidou São Joaquim como um polo turístico o ano
inteiro, não dependendo mais do período de inverno”, ressaltou o prefeito.
Assessoria de
Imprensa